No próximo dia 11 de Junho o Leo vai competir a prova de ultradistância mais tradicional do mundo, a RAAM – Race Across America.
Como o próprio nome diz, os atletas vão atravessar os Estados Unidos, de oeste a leste, ao longo de aproximadamente 4.850 kms, com 55 mil metros de subida.
Eles terão um limite máximo de 12 dias para completar o percurso.
O ponto chave dessa corrida é que os atletas são obrigados a terem sua própria equipe de apoio ao longo de todo o percurso. Não é permitido competir a corrida sem ter uma equipe própria de apoio.
Por um lado, pode parecer que tudo fica mais fácil com o carro de apoio auxiliando na alimentação, hidratação e mecânica, inclusive com bike reserva.
Por outro lado, isso cria uma dinâmica de altíssima velocidade na disputa, onde os atletas não fazem nenhuma parada longa, afinal, as equipes de apoio já cuidam de tudo, sobrando apenas uma função para o atleta: pedalar o tempo inteiro.
Não é permitido que o carro de apoio ofereça vácuo ou carona para o atleta.
De fato, nosso querido Leo é um grande exemplo de atleta que já concluiu as maiores aventuras sem nenhum tipo de apoio, como exemplo, quando bateu o recorde da travessia das Américas, do Alaska ao Ushuaia, completando 22,4 mil kms em 95 dias.
Outro recorde que ele conquistou é o da travessia mais rápida do Brasil, completando aproximadamente 10 mil kms, de norte à sul do país em apenas 44 dias. Tudo isso ele fez sem uma equipe de apoio.
O desafio da RAAM chega a ser curto para o Leo, o que torna ainda mais desafiador para ele, que está acostumado com distâncias bem maiores do que “apenas” 5 mil kms.
Além de pedalar muito bem, o Leo tem a incrível habilidade de se virar, arrumar lugar para dormir, providenciar a própria comida, cuidar do equipamento, navegar pelo caminho e se virar em cada um dos infinitos dilemas que um cicloviajante encontra em seu longo caminho.
Na RAAM, o Leo vai delegar todas essas funções para a equipe, que é composta por amigos Brasileiros e norte-americanos.
Tornar-se um finalista oficial da RAAM significa reivindicar a camisa e a medalha mais cobiçadas do ultra-racing... e, para os poucos sortudos que vencerem sua categoria, a premiada placa dos EUA... e estar entre a família de elite que se autodenomina RAAM Finishers.
A Race Across America é um dos eventos de ultra-resistência mais respeitados e mais antigos do mundo. A RAAM é visto como o auge do desempenho esportivo, não apenas nos círculos de ciclismo, mas também na comunidade esportiva em geral.
A RAAM é uma corrida, com cronometro rolando! Ganha quem for o mais rápido! Mas, ao contrário das três grandes voltas da europa (Tour de France, Vuelta a Espana e Giro de Italia), a RAAM não é dividida em etapas. A RAAM é uma etapa contínua única, uma vez que o relógio começa, ele não para até a linha de chegada. É o contra-relógio mais longo do mundo.
Assim como no Tour de France, os atletas possuem uma equipe que pode lhes oferecer apoio a todo momento.
A distância percorrida na RAAM é cerca de 30% mais longo que no Tour de France. Além disso, os pilotos devem completar a distância em aproximadamente metade do tempo, sem dias de descanso.
Existem categorias solo, dupla, quarteto e de 8 atletas revezando para completar o percurso.
É claro que o Leo vai na Solo, a mais dura de todas.
Vejam pela altimetria da corrida que os primeiros 2 mil kms da prova tem bastante subida, mas depois, os atletas encaram muitos planos e descidas. É permitido que eles troquem de bicicleta à qualquer momento da competição.
A escolha de muitos atletas é utilizar uma bike de estrada convencional para os trechos de subida, mas trocam por uma bike de contra-relógio quando chegam nos trechos planos e desérticos.
O percurso é todo asfaltado e não possui nenhum trecho de gravel.
O Leo vai utilizar a Racevox como sua bike para as partes de subida. Para os trechos planos, ele vai com a Neurogen MK3, uma bike feita para o TT (contra-relógio) e com capacidade aerodinâmica bem agressiva, assim como a relação de marchas mais propícia para altas velocidades.
Além da RAAM, acontecem também a RAW e a RAE, que são duas versões mais curtas da corrida.
As distâncias são:
- RAAM: 5.000 km com 55 mil de altimetria
Brasileiros que vão participar: Leo Pedalando Pelo Mundo, Fabio Silvestri, Ricardo Arap e Pedro Morganti
- RAW: 1.350 km com 12 mil de altimetria
Brasileiros que vão participar: Guilherme Scola
- RAE: 1.000 km com 12 mil de altimetria
Brasileiros que vão participar: Emilia Bugarin
Para a edição de 2024 apenas 27 atletas de todo o mundo vão competir a RAAM na categoria Solo. O Brasil terá 4 representantes, o que é um recorde fantástico, ficando à frente inclusive dos Estados Unidos, país sede da corrida.
Haverão outros brasileiros disputando também nas categorias quartetos.
Vocês podem ver o startlist e resultados dos anos anteriores por aqui: https://www.raceacrossamerica.org/raamweb/raam_menu/
E uma pergunta muito curiosa é: quanto custa participar desse desafio?
Esse é de longe o projeto mais caro que o Leo já empreendeu. O Leo comprou as passagens de todos os participantes que vão compor a equipe dele. Ele já alugou um motorhome e um carro, que são obrigatórios para qualquer atleta participar da disputa. Estima-se algo em torno de 200 mil reais.
Essa grana vem das vendas de camisas e rifas que ele faz, além dos seus patrocinadores que fazem parte do projeto.
Camisa do projeto RAAM já está a venda
Quem quiser contribuir com essa aventura é só clicar nos links abaixo:
- Site: https://leopedalandopelomundo.com.br
- Whats app Leo: https://wa.me/message/5ZUDZFLZ6346I1
